Por meio do do presidente da CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil Dom Sergio da Rocha e do Secretário geral da CNBB Dom Leonardo Steiner, Papa Francisco recebe presente de artista de nosso município, reconhecida mundialmente, Fatinha. Leia o texto do jornalista Paulo Machado.
Quando o artista elabora sua obra, sem saber ao certo aonde vai chegar, o resultado é o que menos lhe importa porque é no processo de criação que sua força criativa se realiza. De onde vem essa força que muitos chamam de criatividade? Provavelmente venha da energia criadora que a sensibilidade do artista invoca junto ao universo.
Dizem que o artista transita no limiar da loucura. Mas o fato é que a obra de arte, digna do nome, é aquela que nos surpreende ao transcender aos conceitos e pré-conceitos de nossa vã consciência. A obra é o fruto de uma conexão única entre o artista e o universo. A sua qualidade reflete a qualidade dessa conexão.
Um dia a obra acabada vem a público e inspira as mais diversas reações humanas: admiração, surpresa, apego, memórias ou simples contemplação. Toda obra contém uma parte visível e uma invisível. O que muitas pessoas não percebem ao adquiri-la, ou recebê-la em doação, é que através dela estão também se conectando com a mesma energia universal criativa invocada pelo artista que a produziu. Essa energia é a própria “alma” da obra que a transcende em planos não tão óbvios e concretos quanto o objeto em si faz parecer. Na essência ela está implícita. Traduz-se e manifesta-se pela forma, pelas cores, pela matéria prima de que é feita e na maneira como é exposta. Mas muito além de entendermos a técnica ou da linguagem empregada, para compreender e apreender a “alma” da obra precisamos estar sensíveis e abertos para recebe-la em profundidade, no mais íntimo de nosso ser e deixa-la agir, sem medo do quê ela possa eventualmente produzir em nós.
A obra da Fatinha, cujo nome diminutivo não significa nada pequeno, enseja a grandiosidade dessa mulher que por anos vem pesquisando, experimentando e vivendo a natureza do cerrado brasileiro e expressando-o por meio de imagens, figuras e objetos, nos quais ela extravasa sua energia criativa.
Depois de reconhecida, regionalmente e nacionalmente, a sua obra alçou voo, e através do presidente da CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil Dom Sergio da Rocha e do Secretário geral da CNBB Dom Leonardo Steiner foi aterrissar no Vaticano, nas mãos do Papa Francisco. Com certeza, com sua sensibilidade, ele saberá captar todas as dimensões que envolvem o criador e a criatura nessa imagem, que aparentemente feita de palha, cola e adereços leva consigo uma “alma” inestimável.
Paulo Machado Jornalista e artista plástico.
Papa recebe presente de Fatinha
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