Muitas vezes somos surpreendidos por mudanças bruscas e inerentes às vontades, contudo estes têm sido os desígnios de Deus em nossa Paróquia, e tem dado certo! As passagens de Padre Mauro, Augusto e os também nossos vigários, tem enaltecido uma grande rotatividade, para uma população que até então não tinha costume com novas lideranças.
Em um período relativamente curto, fomos abençoados em conhecer personalidades religiosas ilustres, as quais imprimiram segundo seu chamado e dons divinos traços das personalidades em nossa paróquia. Dentro desta pluralidade metodológica e ideológica, Alexânia vem aprendendo com maestria a assimilar o que de melhor possui em cada uma. Deste modo, é momento de gratidão a administração do Padre Éder, que durante, aproximadamente, quatro anos, tivemos a graça da sua presença no cotidiano do município. E lhe somos profundamente agradecidos por isso!
Como havia abordado antes, padre Éder imprimiu em nossa cidade um conceito novo e particular de Pároco, um Líder prático, sucinto e administrador. Sem grandes sofismas ou palavras difíceis.
Nosso pastor optou por ser prático e conciso, por alcançar a todos! Com aquela mesma maleabilidade que conversamos com um compadre ou um amigo. Em situações onde ao invés de um monólogo extenso, um "Desanima não" falava por horas em nossos exames de consciência.
Desde um planejamento estratégico de missas, até as construções edificadas assim como a praça, padre Éder mostrava-se um administrador de excelência, dos quais atrevo-me a dizer que ao aplicarmos ao sacerdote a polarização que aplicamos a todos, este seria um objetivo "Padre de exatas".
Em algumas de suas últimas palavras, na missa de despedida e inauguração da praça, ainda como regente, como parte de seu legado nos deixa duas observações. Senda elas uma conclusão e um conselho.
Primeiramente o conselho; em suas palavras o sacerdote nos atenta para que ao envelhecer, não endurecemos nossos corações. "Temos o costume de ficar velhos e ruins" disse ele.
Ao meditar nesta orientação, nos atentava ao fato de ao envelhecer nos arrependamos de ser boas pessoas, e mais do que isso, em alguns casos até nos esforçamos para não ser, embora exista um processo de endurecimento automático. Realista ao mostrar-nos que quase sempre acreditamos que as pessoas boas serão recompensadas e as más serão punidas. Mas a vida real pode ser frustrante ao surpreender-nos com a sua casualidade e aleatoriedade.
E por decorrência disso aguçamos ao máximo uma espécie de sagacidade predadora, para que justifique nossos atos de maiores egoísmo. Impera ao coletivo a imperfeição humana na qual é perfeitamente compreensível que existam pessoas boas sofrendo e pessoas más exitosas. Mas ainda que o mundo, seja confuso, isto não significa que a bondade não tenha sentido, o tesouro de nossa doutrina encontra-se no fim do arco íris. E por falar em arco, é hora criar outro de trazer o conselho até a constatação, sobre maturidade na fé.
Ao avaliar nossos solícitos paroquianos como maduros na fé, o líder religioso, fez uma sábia analogia, usando a nós como exemplo a nós mesmos. Segundo Pe. Éder, os primeiro traços de seu reconhecimento a nossa "engenharia social" no tocante a igreja, foi de pessoas solícitas, participativas e seguras de sua fé. Já que em sua fala a maturidade, estava associada também à capacidade de assumir responsabilidades, despertando através da fala o poder transformador existente em todos os paroquianos.
Considerou o fato da resiliência espiritual de nossos fiéis suprimir qualquer escândalo ou dificuldade. Lembrando também que a maturidade na fé, nos ministra, que somos aquilo que fazemos de nós mesmos, e trazer a luz da fé a suas mazelas, e na luz da fé não transferi-las para a própria crença.
Imprimindo agora uma conclusão pessoal, acredito que o último sermão foi tão assertivo e edificante como a obra da praça, sendo assim obra na fé. Por fim, tomo a liberdade, de em nome dos católicos, agradecer pela liderança e participação em várias realizações da nossa paróquia. E em nome do Jubileu de Ouro, as inúmeras festas comemorativas de nossa comunidades. Que foram estes momentos inesquecíveis, nos fizeram recordar o espírito de partilha, união, alegria e solidariedade como nossa marca, assim como por exemplo nas primeiras comunidades cristãs.
Todas essas realizações, são mais do que suficientes para gravar eternamente o seu nome na história desta Paróquia. Sucesso, e desanima não Padre Éder.