Quando adolescente sempre me fazia indagações, sobre o motivo de minha cidade ser tão conhecida apesar do nada extraordinário, reparem...
Não importa por onde andemos, quase sempre, mesmo que por coincidência, encontramos alguém com algum laço de consanguinidade ou mesmo conhecimento com nosso município, será que isto acontece com as pessoas de outras pequenas cidades? Será que a relação entre nosso povo funciona como um imã? E por que razão, alguém que passa por aqui independente de onde venha, jamais se desliga totalmente desta cidade?
Em meio a meus amigos, satirizávamos sempre os novatos vindos de outras regiões dizendo... “Se bebeu da água, não vai embora mais, é o feitiço alexaniense”. Esta grande “Zona de conforto” que é nosso município, sim... por mais que seja característico o desdém e reclamação de nós por nossa própria terra, no fim esta relação termina sendo a mais cômoda e amorosa possível, gostamos daqui!
Mesmo considerando este sentimento, acredito que muitos de nós, somos constantemente acometidos por indagações sobre a razão de um lugar com tanta consanguinidade e empatia encontrar dificuldades tão mesquinhas como lixo no chão, entraves políticos, vandalismos e etc? Através disso, lembro-me também sobre outra máxima que traduz parte de realidade, “Alexânia cresce apesar do povo de Alexânia”, e sim, é verdade! Lá no fundo todos nós nos apoiamos no sentimento de que esta cidade em sua força se desenvolvera sozinha, e se resolvera também, o que nunca deixou de ser verdade apesar de tudo.
Porém é tempo de tomarmos atitudes, nos atentar ao fluxo migratório e os tempos mudança que se passam, percebo que todos aqui priorizam a melhoria, mas JAMAIS a descaracterização, valorizamos nossa identidade! Portanto, pela facilidade de comunicação e por nossa própria vontade, somos convidados a viver uma maior cidadania, de forma prática, através do cuidado e autonomia em nossa terra, até mesmo para servir de exemplo.
Os tempos são outros, cada luz na praça, cada árvore, cada lote limpo, cada lixo não queimado se reflete em saúde, segurança, e melhor vivencia entre nós mesmos. Encontramo-nos num ponto decisivo, onde cada cidadão possui autonomia plena para o todo. Não queremos que nossa cidade se enfraqueça com o partir das gerações passadas, ela deve ser forte, e precisamos nos apropriar disso. Desejo aos jovens cidadãos, que absorvam tudo o que esperamos e precisamos deste município para estes novos tempos, devemos ser uma cidade ainda mais unida, “A grande casa de todos”, que abrange todas as nossas casas, cuidemos de nosso patrimônio, afinal só quem “é de nós” entende como somos!