Em tempos de inversão de valores, era dos casais liberais, dos pais que trabalham fora full time, da escola doutrinadora, da falta de religião...
A inversão de valores acabou conquistando espaço nas famílias modernas, destas que só casam após já terem realizado todas as ambições terrenas e compartilhando apenas os pesares, e sucessos pessoais em suas relações, tempos dos politicamente corretos, onde não se pode falar sobre certos assuntos sem ser agressivamente taxado de maneira invertida, tempos onde nossos avós não entendem mais nada.
Tempo onde pode-se falar de sexo para crianças, as 9h as mães ligam a TV, para novelas introduzirem em seus lares a traição, sexualidade explicita, onde rapazes não conhecem seus pais, e pais não significam muito, onde as meninas tomam anticoncepcional pra não engravidarem, por que casar exige muita responsabilidade.
A permissividade que antes era em casos isolados, deu lugar a uma epidemia de inadequados impositores de seus mimos, o que apesar de parecer, não é evolução! A propósito, vimos esta mesma permissividade na Mesopotâmia, Grécia, Egito, Roma, e todas em seu apogeu antes de preceder a queda.
Mas o que causou tamanha inversão de valores? E porque nossa região apesar de já conviver com estes dilemas, ainda apresenta pouca descaracterização e a julgar pelos grandes centros, e, portanto, ainda sim se mantém forte no modelo habitual? A resposta é o ponto alto deste artigo, o que é tratado por muitos como nossa maior qualidade e porventura maior defeito, o CUIDAR DA VIDA DO OUTRO.
Sendo ainda mais especifico, considerando a realidade, adequações, elogios e reclamações, isto não é de todo mal pois... “Não se julgue tão importante, Alexânia não quer apenas cuidar da sua vida!”, como dito por Lucchesi em o poderoso chefão 3 “Apenas zelar para que todos os nossos navios naveguem na mesma direção”. E por isso quero ter minha família aqui, quero crescer aqui! Este povo apenas zela pelo habitual, isto não é somente um problema, ou seja o povo é naturalmente um inibidor de má conduta, um avisando o outro, comerciantes se comunicam inibindo o calotes, amigas e amigos alertam uns aos outros, sobre ações conduta e caráter para relacionamentos, esta sociedade mostra na prática a nossa juventude que a menina tem seu caráter definido em suas vestias, sim e que o homem ou rapaz deve arcar com sua responsabilidade e é responsável pelos que estão a sua volta, boas e más referencias de trabalho, mais pessoas zelando pelos seus filhos na saída da escola, ou seja uma relação mais próxima. Como disse mesmo que por uma forma dura de se expressar, este lugar auxilia as pessoas a serem melhores e mais dignas, não é fácil, mas a escolha é de quem quiser.
Aplicável de forma boa, mas como Panóptico apresentado por Foucalt, utilizado para designar uma convivência ideal, que permite ao vigilante observar a todos e todos vigiarem-se a si mesmos, sem que estes possam saber se estão ou não sendo observados. O receio de não saberem se estão a ser observados leva-os a adotar o comportamento pela proposta.
”Quem está submetido a um campo de visibilidade, e sabe disso, retoma por sua conta as limitações do poder; fá-las funcionar espontaneamente sobre si mesmos; inscreve em si a relação de poder na qual ele desempenha simultaneamente os dois papeis: torna-se o princípio da sua própria sujeição.”. Isso é bom, afinal já reparam que todas as mazelas são feitas às escuras? Gosto, do ambiente em que vivemos, é um limitador de conduta natural, pode nos fazer melhor e propõe competitividade e autoanálise a todo momento, a proximidade os dogmas e os valores são nossa segurança. Pra quem gosta e concorda, este é mais um texto apenas de opinião e observação pelo nosso modo de ser, zelemos por nosso modelo de vida.