Dois fenômenos sociais abalam a sobrevivência em nossa cidade, dentre eles, motocicletas com escapamentos insuportáveis e sons automotivos com músicas ruins.
Carros preenchidos em todos os seus cm² de todos os lugares possíveis, impondo suas “músicas” tocadas no limiar da dor alheia, além de agredir os tímpanos de seus próprios condutores, seguem atrapalhando aquele que se encontra em casa tentando descansar, ou fazendo seus afazeres e não consegue ouvir os próprios pensamentos. Podemos citar também o incômodo a escritórios, hospitais, órgãos públicos e etc...
Já as motos, quando aceleradas até o ponto da morte, na tentativa do indivíduo de que a sociedade saiba que ele existe, e que uma moto popular está passando por ali. Por vezes, é alimentada pela teoria fracassada de que isto é um recurso de segurança. O condutor de carro ou caminhão não terá previsibilidade por conta do escárnio sonoro, afinal ele não conseguirá identificar se o veículo vem da direita ou da esquerda, de baixo ou de cima, enfim.
No entanto o ponto alto da incivilidade é a atitude de ficar desligando a ignição em marcha para produzir estampidos pelo escapamento que mais parecem tiros de armas de também pequenos portes.
As duas bizarrices são sinônimas de muitas coisas ruins, mas o adjetivo que atribui de forma perfeita, além da anencefalia social é a SOCIOPATIA. O sociopata é aquele que coloca o interesse, ou impõe seu estado de espírito pessoal para tudo e todos, e que acaba por “poluir” o ambiente em que ele vive.
No entanto em nossa região, isto se torna ainda mais delicado de se tratar, multas, retaliações estão descartadas, afinal somos todos parentes e amigos, e claro, é difícil agir contra alguém de nós mesmos. Por fim nos resta contar com o senso do ridículo de cada um, ou com orações pela consciência destes agentes do barulho.
Autor: Rodrigo Ferreira