Quem nunca ouviu falar que a comida de hospital é ruim? É muito comum visitar um parente ou um amigo internado e ouvir queixas de que a comida não tem gosto ou cheiro bom. Mas, antes de concordar e tornar a insatisfação dele ainda maior, lembre-se de que, muitas vezes, o apetite, o olfato e o paladar do paciente podem estar afetados pela doença e pelo tratamento.
Para favorecer a recuperação do paciente, a equipe de nutrição do Hospital utiliza protocolos assistenciais específicos. E que ele precisa de incentivo para se alimentar com a dieta prescrita, porque ela fornece todos os nutrientes que o organismo dele necessita para se recuperar e é quase tão importante quanto tomar a medicação corretamente.
Por razões médicas, a comida feita em um hospital precisa ter pouco sal e, consequentemente, fica diferente do gosto que a gente está acostumado. Mas, os profissionais de Nutrição têm investido bastante para mudar o velho conceito e provar que esta comida pode ser tão boa quanto a da nossa casa.
Alguns nutrientes são extremamente necessários para uma boa alimentação de um paciente, como a vitamina A, por exemplo, é um nutriente que não pode faltar na alimentação do paciente hospitalizado, porque ajuda na cicatrização e no funcionamento do sistema respiratório, digestivo e urinário – que são a primeira barreira da linha de defesa contra infecções. A vitamina C auxilia na defesa do organismo contra infecções e na contenção de hemorragias, enquanto a vitamina E fortalece o sistema imunológico. Já o ferro ajuda no transporte de oxigênio e o zinco diminui o tempo de resposta do organismo às infecções.
Quem é responsável pela alimentação hospitalar?
Para que todas essas vitaminas e esses nutrientes estejam presentes na alimentação do paciente hospitalizado, duas áreas trabalham juntas: a nutrição clínica e a equipe médica. A primeira é responsável por confirmar se a dieta do hospital segue as recomendações indicadas pela segunda. Juntos, esses profissionais trabalham para garantir que todas as necessidades nutricionais do paciente sejam atendidas para que ele possa se recuperar da melhor forma possível. No HMA, a equipe faz o possível para que todos os pacientes tenham o melhor tratamento possível para sua recuperação.
Tipos de dieta para a alimentação hospitalar
Além de garantir que o paciente receberá todos os nutrientes necessários, a dieta no hospital também precisa estar adequada às condições de saúde de quem está internado. Levando tudo isso em conta, as equipes médica e de nutrição clínica escolhem a melhor opção de dieta para o paciente:
Dieta geral – é indicada para pessoas que não tem complicações de saúde que exijam restrições de nutrientes ou de alimentos. Exemplos de alimentos desse tipo de dieta são: pão francês, leite, suco natural, arroz, feijão, carne, salada e frutas.
Dieta branda – é indicada para pessoas que precisam que a comida seja mais fácil de mastigar, engolir e digerir. Esse tipo de dieta, por exemplo, pode incluir: frutas macias, arroz, feijão, carne, legumes cozidos e gelatina.
Dieta pastosa – é indicada para pacientes com dificuldade de mastigação. Por isso, ela é composta por alimentos bem cozidos e fáceis de mastigar e de engolir, como papinhas e legumes.
Dieta leve – o objetivo dela é facilitar a digestão e o esvaziamento do aparelho digestivo. Por isso, é composta por alimentos fáceis de digerir, tais como mingau, sopa, suco de frutas e gelatina.
Dieta líquida – pode incluir, por exemplo, caldos e sucos. É indicada para pessoas que precisam de hidratação e pacientes com problema de mastigação.
Respeite as regras de alimentação hospitalar
É comum que amigos e familiares queiram fazer um agrado para o paciente e levem alguma comida especial que ele gosta durante uma visita ao hospital. Mas esta não é uma boa ideia. As equipes de nutrição e médica planejam alimentação do paciente hospitalizado para que seja adequada ao estado de saúde dele. Por isso, ele deve seguir à risca as orientações de dieta no hospital. Por mais que o paciente peça, a ingestão de alimentos fora de sua dieta prescrita, vai prejudicar sua recuperação.